quinta-feira, 12 de maio de 2016

Mentira que é verdade?

Minta pra mim,                                                                                          
Minta por que eu gosto de saborear suas mentiras,
Porque elas são tão doces,
Porque elas me fazem mais feliz do que suas verdades.

Sua verdade é uma mentira,
Sua verdade é uma mentira que se esqueceu de acontecer,
Sua verdade não me preenche como me entornam suas mentiras.

Minta pra mim,
Minta sempre, porque eu gosto de contemplar sua mentira 
no cantinho da boca.
Minta ardilosamente, meticulosamente,
Até quando quiser me dizer a verdade,
Minta.

A verdade é para os outros,
A mentira é pra você,
Eu preciso das suas mentiras.

Minta porque a sua verdade dói,
Minta porque eu quero ser o último a saber,
Minta porque a verdade me dá medo,
Minta pra me fazer feliz.

Minta sempre, 
mesmo que eu lhe peça para falar a verdade,
Negue,
Me engane, me enrole, me ludibrie,
Me desvie do caminho de sua verdade.

Minta porque eu gosto de ouvir o som da sua voz, 
pausando porque está criando uma mentira,
Quanto mais você mente, 
mais eu te amo, te admiro, te venero, te exalto, te adoro. 

Sua mentira me acalma,
Leve suas verdades para o túmulo,
Eu quero é mesmo, hoje, amanhã, 
e no futuro que há para nós,
Minta.
Minta que eu quero acreditar fielmente, 
e não questionar nenhuma de suas meias verdades, 
                                                                                  mentirosas.
Autoral G@F

Humana Pessoa

Que coisa traiçoeira esperar que uma pessoa,
seja mais do que se pode esperar de uma pessoa.
Uma pessoa humana é o humano, 
são
Fragilidades
Inconstâncias
Mutabilidades
                      Incompreensibilidades
                          Amabilidades
                          Plasticidades
                          Singelidades
Leveza
Paupereza
Sigeleza
Inteireza
Aspereza
Fluidez
Loucura
Paura
Liquidez

morbidez
Doçura
Mentira
Verdade
(Des)humana  Humanidade.

Design Didático na EJA: FREIRE AS AVESSAS

Design Didático na EJA: FREIRE AS AVESSAS

FREIRE AS AVESSAS

"Fiz 
 "Fiz um poeminha singelo (só que não)  para falar do tempo em que vivemos".


"A leitura do mundo precede a leitura da palavra", desleia.

Leia o mundo, ao redor de si,
Acredite mais em si, por você e pelos que não acreditam,
Acredite mais no outro,  com um  certo cuidado,
Acredite mais em nós, desconfiando sempre.

"Todo oprimido hospeda em si um opressor", oprima.

Quem sabe faz a hora, aconteça
Não espere compreensão dos incompreendidos,
Não espere entendimento dos ignorantes.
Não espere lucidez dos loucos do quartinho.

"O homem não torna-se homem sozinho, mas mediatizado pelo mundo", julgue.

Sou rebelde porque o mundo quis assim,
A família educa, a Escola ajuda a construir o conhecimento,
A sociedade se faz de cidadãos, apazigue os tolos,
A globalização repara as exclusões, inclua-se sozinho.

"Amar é um ato de coragem", guerrei.

Lute com todas as armas que possui,
Ame a si sobre todas as coisas, Deus já tem gente demais amando-o,
Ame o outro até que uma ideologia os separe,
Ame aos poucos, com reservas, com inconstância, com ponderação.

"Mudar é difícil mas é possível", estagne-se.

Não tenho perspectivas de mudança,
mude você se quiser,
que eu não mudo de
opinião.


segunda-feira, 9 de maio de 2016

GilPoesis

O que é a poesia que me toca?
O que é o sentimento que me afoba?
O que é o amor que me engana?
O que é a paixão que me assola?

                                        É a poesia.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O nome dele

Seu nome, seu nome era?
Me esqueci, de ausência de lembrar,
Devia ser doce o nome dele.

Alguma coisa como Alan, Dilan,
Sua boca uma ambrosia,
Seus olhos uma solstenia,
Seu nome, seu nome era...
Errei, me perdi,
Me achei no encontro dele.

Lindas, esguias as suas pernas,
Etéreo seu semblante,
Busquei, busquei não achei.
Seu nome menino?

Clivosas as suas costas
Peles sob o músculo,
Alto, leve e longilíneo,
Ostracismo na sua voz.

Me diga, e seu nome?
Lábios, Voluptuosos, lábios,
Tantas e tantas partes tem seu
Corpo nu
Muito a dizer, mais a esconder.

Gladiei-me.





Respostas a perguntas não feitas


Ele quer me destruir
Me possuir e me destronar
Eu sou ninguém

Não há verme na terra
A que eu deva me comparar
Ele quer me alucinar
me elucidar
trucidar
Eu só sou ninguém

Ele não me diz as coisas
Que eu quero ouvir
As que eu quero, diz distorcidas
Ele é o Homem e eu sou o outro
Distante dele
Eu sou menos que ninguem

Não cansaste do meu tédio?
Não te incomodaste dos meus
Sestos?
Por que não corres para longe?
Por que me sorrir, se lhe viro a cara?
Não te quero nem por um momento.
Eu lhe tenho asco.
Ninguém ninguém ninguém

Ele é feliz porque o mundo quis assim
Eu, o mundo nem me quis.
Eu ainda sou ninguém.

Você já saiu de perto de mim?
Você já me povoou com a sua ausência?
Silencie suas passadas!

Você não é ninguém.